
Algum dia de dezembro de um ano que parecia não acabar.Era estranho perceber o quanto fiquei velho e degradante e tão pouco tempo, me recordo dos tempos de jovem e riu das ideias de mundo com a minha voz que nem abalavam as estruturas do prédio da esquina ou quando queria fazer levantes revolucionários com pessoas que nem sabiam os princípios da revolução.
Esta altura do ano é tão fraternal que chega ser melódica, ou quem sabe medíocre.É incrível como todos ficam bonzinhos no natal ou nenhum deles tem ressentimentos.Posso contar nos dedos aqueles que realmente não perpetuaram com a relevância alheia, ou quem sabe foi solidário todos os dias do ano não apenas em épocas comemorativas como estas.
É triste ter trinta e dois anos, gostaria tanto de ainda ter a força jovem ou a vitalidade de um jovenzinho que entrou na puberdade a pouco tempo e nem se importa por conceitos ou pré- conceito que poderão obter, apenas voa como uma passarinho em dia de verão.
Nesta manha recusei o café entregue por Eleonora, fui direto a sacada e espreguicei. Senti meus ossos estralarem, sorri mais um dia começava desci as escadarias não com o mesmo vigor de antes, embora o sono continuava dominar o resto de meu corpo e o suposto mal-humor pela manha é uma de minhas marcas porem estava manha estava tão diferente... tão mais alegre. Não pelo simples fato eminente de ser o dia em que vim para este lugar... mas porque estava diferente minha mente estava com outras visão outras percepções.
Ainda sou um jovem de pouca idade, sem duvidas porem a ansiedade, nervosismo e a falta de atenção posteriormente haviam se passado.. não da maneira que fosse mais saudável por que nenhuma mudança é boa, ao menos no começo não deveria ser ...
Não quis nada de especial naquela manha .. apenas queria voar, sair dali e pela primeira vez em tantos anos tomar uma decisão que fosse minha. Uma escolha ..uma descoberta, como uma criança que descobre como é bom andar de bicicleta.
Sem ser displicente como um adolescente sem causa, mas fazer tudo com sensatez. Tirei meus sapatos e caminhei sobre a grama ainda com o frescor da manha e fui em direção ao um vinhedo, pensado sobre tudo e o poderia vir precisava daquele momento para conter minhas escolhas, e pensar em tudo que estava acontecendo naquele instante.
É engraçado como refletir nos faz ter uma outra visão dos conceitos e nos ter uma outra decisão bem mais sensata ... (talvez)
Ter uma idade me fazia temer pelos meus impulsos, porem ter trinta e dois anos me fazia maduro o suficiente para determinar o que era bom ou não, o que era saudável ou não.Como é difícil crescer as vezes... como é complicado admitir seus atos e pagar por eles por mais simples que eles sejam tudo.. simplesmente tudo tem um preço na vida.
A vida é tão mais complexa do que pude prever e imaginar, quando tinha doze.. treze anos imaginei infinitas vezes heróis e mocinhas, castelos e rainhas ..onde todos éramos ricos e tínhamos o direito de consumir o que quiséssemos como se tudo fosse igual um daqueles seriados americanos.
Viver em uma redoma de vidro não me fez uma pessoa correta ou arriscaria a dizer realista das condições que poderia me cerca das possibilidades que deixei por imaturidade e que talvez hoje seria diferente.Por que ter trinta e dois anos não é ser maduro, e sim ter a seriedade de fazer diferente olha e analisar o que fez de errado e talvez refazer ...Tudo passa a idade, as pessoas a vida... basta termos a seriedade de vivemos com sensatez e não com a pulsividade de um jovem inconseqüente
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