Mas, eu como uma mexicana experiente e vinda de uma família de um palhaço e uma dançarina de Gogo. Sei muito bem que alucinação não é aquela que vemos mas sim aquelas que não vivemos. Ah Dio, o que mais poderia declarar após os meus momentos de visão noturna, ou guinominhos saltitantes.. ou fadinhas coloridas pelo um jardim de tulipas...
Consigo me recordar os momentos onde isto aconteceu. Era criança en San Quitino, lugarzinho onde nem o vento se atreveria soprar.
O mais improvável era ver a contradição de uma cidade interiorana mexicana, é clássico, o chão era de terra batida, as pessoas mais simples aos domingos jogavam domino em bancos de pedra..pelo menos os que restou deles e mezinhas de cimentos .. Adoro me lembrar daquela época.. É verdade ! .. Adoro os momentos que não tínhamos nada mas tínhamos tudo, é estranho lembrar da minha infância com tanto carinho. Sinto pena dos que não tiveram infância.. pois é nela que aprendemos a viver, ficamos safos aprendemos o quanto é difícil conquistar o nosso espaço.. a lutar com unhas e muita força pelos que desejamos ... Já parei para analisar os que tem demais, eles nunca valoriza os que tem .. e sempre perdem ... Era tudo lindo, tudo mágico .. era tão bom viver na ilução dos gnomos, das fadas .. do colorido da minha infância ...
Até que um dia eu acordei com uma incrível dor de cabeça onde tudo rodava e os gnominhos chegavam a conversar, mas desta vez não diziam coisas boas eram cruéis quase que alucinógeno.Eles me batiam e arranhavam minhas costas, quando voltei em “mi madre dijo que me batí, y dorava la lengua a la sangre y a vi del vumitei del final todo para dar vuelta en movimientos involuntários”.... yo no creo que es verdad mi dolia la cabeza mucho tanto que desmayé....
Acordei já no hospital, não queria ouvir o que realmente tinha acontecido .. tudo era confuso e incerto mas acreditei que a verdade iria aparecer e tudo ficaria bem de novo, meus braços estavam dormentes e meus olhos estavam sensíveis ao ponto de lacrimejarem.Fui levada para casa e resolvi não ir ao colégio aquela manha ..sombria .
Observei o senhora Dollores a manha toda e conversava com ela .. sabia que ela estava lá .. sim ela estava lá, momentos sombrios vagavam meu coração em que a estrela não chegava e minha cabeça..... rodava ...
Abracei minha perna, sentada em um sofá de veludo vermelho em frente a janela ouvindo Dollores recitava Mirame Bien, uma das minhas canção favoritas. Era tão lindo ouvir aqueles versículos e impossível não se emociona.. mesmo sabendo que já sou uma manteiga derretida....
"Tenemos que aprendelo todo otra vez,
yo que aprenterte a ti y tu a quermer a mi tambien
volver por el carino que inventamos,
empenzarlo todo como la primeira vez"
Cai no sono, não por culpa de Dolores... mas porque a musica me banhava em emoções e sensações
Como diria mi madrecita "Ser Lolla Venegas era ser inanimada, era ser incerta, confusa destinta...
O que importa, em um mundo que impera futilidades... para que se entender?
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